A metodologia de Eurípedes Barsanulfo
Trechos extraídos do livro: Fundamentos
educacionais para a Escola do Espírito – “Diretrizes educacionais trazidas por Eurípedes
Barsanulfo”. Alzira Amui
1 - “Aprendendo a manter o pensamento no bem, fortalecido
pelo conhecimento imantando na verdade, o educando passa a se posicionar, de
forma melhor e mais cuidadosa perante a vida, mantendo-se atento para não fugir
dos objetivos que definem seu crescimento moral e espiritual.
A aprendizagem, que essa educação aborda não tem conotação
simplista. Ela exerce um papel direito nos atributos do espírito, despertando-o
para uma realidade consciencial mais avançada.
A Pedagogia do Amor estrutura a educação do espírito e
contribui para mudanças expressivas do comportamento mental e espiritual do
ser. Ela estimula a compreensão de que seus atos gerarão consequências para si
mesmo, o que fará mudar seu comportamento mental, estimulando-o a observar
desde cedo suas próprias ações. Essa educação fará com que o Ser compreenda que
todas suas atitudes nascem de suas próprias construções mentais.”
2 - “O século vinte e um não pode repetir as mesmas propostas
de educação do século vinte. Estamos na Era do Espíritos, da modernidade do
pensamento.
Essa modernidade deve ser estruturada dentro de um pensamento
construtor, em evolução, onde a criança traz aspirações próprias e pede uma
nova maneira de aprender. As crianças de hoje não podem receber uma educação
que seja fruto de um sistema social massificador, materialista , cheio de
competições, modelos de aprendizagem que não valorizam a capacidade da criança
de pensar, de se expressar, de criar e de sentir.
Esse século pede que o educador desperte o educando para um
nova realidade; esse é o papel do educador que busca uma metodologia que
estimule o pensamento e atenda às necessidades do educando.”
3- “As estratégias utilizadas por esse método vão pedir ao
educado um melhor preparo na organização de suas atividades, Essas atividades
devem ser ricas, carregas de informações, que possam vibrar na estrutura mental
do ser. Cabe ao professor- educador buscar sempre novos recursos, atendendo às
necessidades do educando, de tal forma. Que ele sinta confiança ao realizar
suas novas descobertas.”
“Educar implica em dinamismo, coragem, força e disposição para
amar, Só ensina bem aquele que realiza suas atividades com amor. Para educar é
preciso compreender a dimensão dos sentimentos que envolve o educando. O amor
torna a educação o meio mais rico, onde os roteiros de trabalho expressam
situações reais, tornando-se preciosos momentos interativos entre professor e
aluno, aluno e natureza, O amor deve ser compreendido com toda sua vibração, o
que dá segurança àquele que o recebe.”
4 “Na natureza estão as fontes mais ricas que sustentam o ato
de aprender, Ao levar o educando até a natureza, o professor deve ser o cuidado
de explorar a sua capacidade de observação. Esses momentos tornam-se ricos,
especialmente quando estimulam o pensamento a buscar novas descobertas, em
relação ao objeto explorado.”
“A observação junto à natureza estimula o pensamento, criando
novas descobertas que enriquecem o processo pedagógico... Assim, surge uma
aprendizagem mais consciente e natural, que é a da comparação. Comparar desenvolve
tanto a percepção visual, tátil, como também amplia o nível de atenção, fator
primordial do processo pedagógico, Durante esse período importante para o
educando, o educador deve participar atentamente, interagindo com ele e
levando-o a pensar nas descobertas que vai relatando.
A interação dará alegria ao educando, motivando-o a buscar
novas descobertas que demonstrem suas conquistas cognitivas, o educador deve
cuidar para que o educando não se sinta cobrado, mas estimulado para as novas
descobertas. Essas serão enriquecidas quando se inicia, de forma natural, o
processo comparativo. A partir daí, fará comparações apoiadas na atenção, vindo
a demonstrar um pensamento com participação expressiva da inteligência.”
“Observando, o educando passa a valorizar toda a natureza,
até mesmo seus momentos mais sutis, junto dela, como sentir a brisa, perceber o
vento e o valor da água, como fonte perene de vida.”
Do livro: Fundamentos
educacionais para a Escola do Espírito – “Diretrizes educacionais trazidas por Eurípedes
Barsanulfo”. Alzira Amui