quarta-feira, 1 de julho de 2015

Reflexões pedagógicas sobre a metodologia de Eurípedes Barsanulfo

A metodologia de Eurípedes Barsanulfo 

Trechos extraídos do livro: Fundamentos educacionais para a Escola do Espírito – “Diretrizes educacionais trazidas por Eurípedes Barsanulfo”. Alzira Amui



1 - “Aprendendo a manter o pensamento no bem, fortalecido pelo conhecimento imantando na verdade, o educando passa a se posicionar, de forma melhor e mais cuidadosa perante a vida, mantendo-se atento para não fugir dos objetivos que definem seu crescimento moral e espiritual.
A aprendizagem, que essa educação aborda não tem conotação simplista. Ela exerce um papel direito nos atributos do espírito, despertando-o para uma realidade consciencial mais avançada.
A Pedagogia do Amor estrutura a educação do espírito e contribui para mudanças expressivas do comportamento mental e espiritual do ser. Ela estimula a compreensão de que seus atos gerarão consequências para si mesmo, o que fará mudar seu comportamento mental, estimulando-o a observar desde cedo suas próprias ações. Essa educação fará com que o Ser compreenda que todas suas atitudes nascem de suas próprias construções mentais.”

2 - “O século vinte e um não pode repetir as mesmas propostas de educação do século vinte. Estamos na Era do Espíritos, da modernidade do pensamento.
Essa modernidade deve ser estruturada dentro de um pensamento construtor, em evolução, onde a criança traz aspirações próprias e pede uma nova maneira de aprender. As crianças de hoje não podem receber uma educação que seja fruto de um sistema social massificador, materialista , cheio de competições, modelos de aprendizagem que não valorizam a capacidade da criança de pensar, de se expressar, de criar e de sentir.
Esse século pede que o educador desperte o educando para um nova realidade; esse é o papel do educador que busca uma metodologia que estimule o pensamento e atenda às necessidades do educando.”


3- “As estratégias utilizadas por esse método vão pedir ao educado um melhor preparo na organização de suas atividades, Essas atividades devem ser ricas, carregas de informações, que possam vibrar na estrutura mental do ser. Cabe ao professor- educador buscar sempre novos recursos, atendendo às necessidades do educando, de tal forma. Que ele sinta confiança ao realizar suas novas descobertas.”
“Educar implica em dinamismo, coragem, força e disposição para amar, Só ensina bem aquele que realiza suas atividades com amor. Para educar é preciso compreender a dimensão dos sentimentos que envolve o educando. O amor torna a educação o meio mais rico, onde os roteiros de trabalho expressam situações reais, tornando-se preciosos momentos interativos entre professor e aluno, aluno e natureza, O amor deve ser compreendido com toda sua vibração, o que dá segurança àquele que o recebe.”

4 “Na natureza estão as fontes mais ricas que sustentam o ato de aprender, Ao levar o educando até a natureza, o professor deve ser o cuidado de explorar a sua capacidade de observação. Esses momentos tornam-se ricos, especialmente quando estimulam o pensamento a buscar novas descobertas, em relação ao objeto explorado.”
“A observação junto à natureza estimula o pensamento, criando novas descobertas que enriquecem o processo pedagógico... Assim, surge uma aprendizagem mais consciente e natural, que é a da comparação. Comparar desenvolve tanto a percepção visual, tátil, como também amplia o nível de atenção, fator primordial do processo pedagógico, Durante esse período importante para o educando, o educador deve participar atentamente, interagindo com ele e levando-o a pensar nas descobertas que vai relatando. 
A interação dará alegria ao educando, motivando-o a buscar novas descobertas que demonstrem suas conquistas cognitivas, o educador deve cuidar para que o educando não se sinta cobrado, mas estimulado para as novas descobertas. Essas serão enriquecidas quando se inicia, de forma natural, o processo comparativo. A partir daí, fará comparações apoiadas na atenção, vindo a demonstrar um pensamento com participação expressiva da inteligência.”


“Observando, o educando passa a valorizar toda a natureza, até mesmo seus momentos mais sutis, junto dela, como sentir a brisa, perceber o vento e o valor da água, como fonte perene de vida.” 

Do livro: Fundamentos educacionais para a Escola do Espírito – “Diretrizes educacionais trazidas por Eurípedes Barsanulfo”. Alzira Amui

Mediunidade

Mediunidade


A mediunidade é um sublime recurso que Deus oferece ao Espírito para ele evolua. É uma faculdade inerente ao Ser. Nela estão os sublimes mecanismos de educação. No decorrer desse processo educativo o Ser vai ampliando sua percepção espiritual.
A mediunidade tem uma característica muito especial: está diretamente ligada ao compromisso do Espírito. De acordo com a formação do conteúdo energético do Espírito, a mediunidade se manifesta das mais diversas formas.
Jesus foi o médium dos médiuns, com Ele aprendemos todos as expressões da mediunidade.
A Evangelização de Espíritos tem nos feito compreender que a mediunidade se manifesta das mais diversas formas, podendo ser um instrumento valiosíssimo de educação. Através dela o Espírito muda sua forma de pensar e de plasmar determinados quadros elaborados no pensamento.
O pensamento é o atributo mais importante do Espírito, nele estão as portas da mediunidade, Através dele estabelecemos outros contatos no campo da comunicação.
A Evangelização de Espíritos tem procurado educar o pensamento do Espírito para que ele compreenda a importância de manter sua vibração em clima de harmonia. Deve ajustar os sentimentos, para que esses não contaminem o campo mental, impedindo a expansão do Espírito.
A mediunidade é uma alavanca de progresso, pois ela coloca o Espírito num sistema de relação contínua com o mundo dos Espíritos, alimentando fontes de esperança e progresso.


A mediunidade pode ocasionar transtornos emocionais quando não é bem compreendida. Através dela outros pensamentos interagem na estrutura mental, ocasionando confusões e falta de definição para determinadas atitudes comportamentais.
Através dela podemos fecundar a tristeza, a melancolia e vivermos sob o influxo de outras vibrações, quando não percebemos a força dos pensamentos que interagem conosco.
Outro fator importante da mediunidade é que ela instrumentaliza o Ser para estabelecer uma relação natural com o mundo dos Espíritos. Quando bem compreendida, proporciona um bem estar que oferece profunda alegria ao Espírito.
Seus benefícios são muitos e de diferentes formas. Ela não se prende aos atos externos, mesmo porque tem sua expansão dentro do contexto evolutivo.
A mediunidade está intimamente ligada às questões perispirituais. Convém ressaltar que ela muda, renova e se expande à medida que o pensamento e os sentimentos se realinham para uma nova proposta de trabalho.
Quando o Espírito compreende a mediunidade, percebe que sua sensibilidade está intimamente ligada à expansão dos seus sentimentos no bem, passando a ter uma vigilância mais apurada e constante.


A mediunidade só pode ser motivo de dor quando o Espírito não a compreende e não a vê como um mecanismo sublime de educação e elevação.
O Espírito transtornado por sentimentos doentes, apresenta mediunidade igualmente desequilibrada, já que ela reflete o ambiente fluídico que o caracteriza.
Os pensamentos de vingança, interesses materiais, medos, são portas que se abrem à infiltração de outras mentes, as quais, como a nossa vibram, intensificando esses comportamentos e trazendo profundos desequilíbrios para o Espírito.
A mediunidade é uma faculdade em expansão no Ser, jamais pode ser desenvolvida sem dois aspectos: o conhecimento e a caridade.
O conhecimento promove no Ser discernimento, diferenciando a mediunidade das práticas esdrúxulas, que são fatores de desajustes no comportamento mental do Espírito.



Quando o conhecimento é bem conduzido, dará confiança ao Espírito, permitindo aplicá-lo sem receio, mas com cuidado e simplicidade.
O desenvolvimento mediúnico não se restringe aos exercícios repetitivos de práticas mediúnicas. É acima de tudo um processo de educação do pensamento e das manifestações dos sentimentos harmonizados que resultam em sintonias favoráveis à livre manifestação dos Espíritos que nos chegam pelas vias mediúnicas.
A Evangelização de Espíritos elucida que antes de pensarmos na prática ou no desenvolvimento, é necessário trabalhar o médiuns, para que compreenda a mediunidade como mecanismo evolutivo do Espírito.


O médium na prática constante do bem, expande o amor que se manifesta na forma de caridade.
A maior defesa do médium é a caridade. Através dela, desenvolve a paciência, a tolerância e a percepção do outro.
A caridade é o caminho que conduz ao exercício do perdão, construindo um novo percurso mental na sua intimidade.
O médium é o agente transformador de sua existência quando procura praticar os ensinamentos trazidos por Jesus, especialmente quanto ao amor, a disciplina, a vigilância e a oração.
Para manter-se no diapasão da disciplina sabe que só conseguirá realizar o trabalho a contento, se mantiver uma postura mental de vigilância constante. Assim, deve ter cuidado com o que pensa, com o que sente e com o que exterioriza para os outros.
A oração é o alimento do pensamento. Através dela o médium se equilibra e alcança a vigilância sentindo-se amparado.
A Evangelização de Espíritos demonstra ao Ser espiritual quem na verdade ele é, o quanto é importante o conhecimento sobre a dinâmica da vontade, do pensamento, da inteligência, da razão, da consciência e da memória no exercício da mediunidade e sem conhecê-los não compreenderá a sua função operacional.

Há médiuns que são portadores de conhecimento, mas apenas realizam atividades mecânicas, sem sequer interpretar os fatos que lhe ocorrem como Espírito, o que dificulta até mesmo o intercâmbio amigo.
A mediunidade é o maior instrumento que o Pai lhes concede para que possam religar-se a Ele e com todos os que os auxiliam em sua evolução.
Quando o médium tem consciência de seu compromisso, realiza o trabalho com amor. O amor é a expressão mais alta dos sentimentos. Nele está implícito o bem e a humildade. Médium sem amor não pode compreender e nem perceber a dor de seu irmão. É a condição indispensável ao médium, que aprenda a amar.

  
A mediunidade com Jesus começa quando o médium se dispõe a realizar o trabalho ao qual está compromissado, preparando-se adequadamente.
A preparação do médium inclui e compreensão das Leis e dos mecanismos que regem o intercambio mediúnico.
A mediunidade é um compromisso programado em virtude da anterioridade do Espírito. Entre suas funções está a reorganização energética dos quadros retidos na memória, através da prática constante do bem.


(O que é Evangelização de Espíritos – Equipe Eurípedes Barsanulfo – Psicografia Alzira Amui)